Suposta presença de barcos de pesca chineses na ilha das Flores leva Forças Armadas a agirem
Após o alerta, a Marinha enviou um semirrígido da Polícia Marítima da ilha das Flores, "para efetuar uma primeira aproximação", e a Força Aérea Portuguesa (FAP) enviou um avião P3, “para monitorização da área identificada”. Tratou-se de um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática (AIS), partilhado pelo Chega Açores como uma informação verificada
O alerta para a presença de várias embarcações de pesca chinesas na Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores, terá sido um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática (AIS), informou esta quinta-feira o executivo açoriano. Segundo um comunicado do Governo Regional dos Açores(PSD/CDS-PP/PPM), o alerta para a situação, verificada a sul e a sudoeste da ilha das Flores, no grupo Ocidental, foi dado na quarta-feira, pelas 10h30 locais (11h30 em Lisboa), após o que as autoridades iniciaram uma missão de fiscalização e patrulhamento.
"Eram 10h30 de quarta-feira quando o serviço de inspeção da Secretaria Regional do Mar e das Pescas deu alerta ao Centro de Controlo e Vigilância da Pesca, da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, para a existência de 16 navios com pavilhão da República Popular da China a sul da ilha das Flores, identificados no Marine Traffic por AIS terrestre, como sendo de pesca e que apresentavam um comportamento aparentemente não compatível com atividades e operações de pesca", lê-se na nota.
Após o alerta, foram de imediato ativados os meios navais e aéreos das entidades participantes no Sistema Integrado de Vigilância, Fiscalização e Controlo das Atividades da Pesca (SIFICAP). De acordo com a fonte, a Marinha enviou um semirrígido da Polícia Marítima da ilha das Flores, "para efetuar uma primeira aproximação", e a Força Aérea Portuguesa (FAP) enviou um avião P3, "para monitorização da área identificada".
"Não obstante, mas para melhor acompanhamento imediato da situação e respetiva evolução, foram solicitados os serviços de satélite da European Maritime Safety Agency para concederem acesso/imagens do serviço Copernicus", acrescenta.
A unidade naval do Comando Local da Polícia Marítima das Flores esteve no local e "não verificou qualquer navio". Também a aeronave da FAP "fez sobrevoo da área para além da área de referência, incluindo até aos limites da ZEE nacional da subárea dos Açores e não verificou qualquer navio deste conjunto, tudo levando a crer que se trata de AIS 'spoofing'", admitiu o executivo açoriano. As ações de fiscalização foram concluídas pelas 20h30 locais de quarta-feira (21h30 em Lisboa).
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