quarta-feira, 7 de setembro de 2022

O furacão Danielle mudou de rumo. E os seus "restos" vão mesmo afetar o tempo nos Açores



Uma viragem brusca fará com que haja vento e chuva primeiro nos Açores, e, depois, ainda mais chuva do que o previsto no norte do País. A tempestade passa ao largo, mas os 'restos' chegam cá.


O que ontem era verdade, hoje é mentira. O furacão Danielle mudou mesmo de rota e vai, ainda que sem forte impacto, afetar o tempo no norte da Península Ibérica e nos Açores. Ainda que não atravesse as ilhas açoreanas, a sua passagem lenta ao largo do arquipélago, no sentido nor-nordeste, far-se-á sentir quer ao nível do mar, quer com chuva e vento forte, entre sexta-feira e sábado. A partir do fim-de-semana, já como tempestade extratropical, os seus ‘restos’ trarão essa chuva e vento até à costa portuguesa, sendo que o mau tempo se fará sentir sobretudo no norte do país.


O Danielle seguia calmamente ao largo dos Açores, direção nordeste, rumo ao Reino Unido, ainda esta segunda-feira à noite. E nestas águas frias do Atlântico o mais certo era que se dissipasse a meio da semana, quarta ou quinta. Mas uma mudança brusca de rota fez com que virasse para sudeste e o colocasse a caminho do norte da Península Ibérica. Na base desta mudança, pode estar uma corrente de ar quente ou pode ter sido empurrado por um outro furacão que, neste momento, começou a mover-se ao largo da costa da América do Norte, o Earl.



Esta mudança de rumo faz toda a diferença. Nos Açores haverá chuva forte e rajadas de vento que podem ir até aos 60 km/h, segundo o IPMA, nos dias 9 e 10. No continente, não sendo ainda possível fazer previsões muito definitivas a esta distância, os ‘restos’ do furacão também se sentirão ao nível da ondulação do mar e nos níveis de precipitação e de intensidade do vento a partir do fim de semana, sobretudo na zona norte do país.


Como já se previa chuva e um outono antecipado, é só contar com que tudo seja ainda mais intenso do que o previsto. Porque o furacão, que tem sempre um fluxo cliclónico a níveis médios e baixos, empurrará ar húmido até à Península, baixando não só as temperaturas, como fazendo com que a frente chuvosa que já nos iria afetar ganhe maior dimensão.


in observador.pt

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