Que carros iam a bordo do navio naufragado ao largo dos Açores?
Além de modelos novos da Audi, Bentley, Porsche ou Lamborghini seguiam a bordo do “Felicity Ace” outros privados como um Honda Prelude de 1996.
Apesar de o “Felicity Ace” ter naufragado ao largo dos Açores há cerca de um mês, só agora ficámos a saber exatamente o que seguia a bordo do navio que saiu do porto de Emden, na Alemanha, a 9 de fevereiro de 2022, tendo os EUA como destino.
No total afundaram com o “Felicity Ace” perto de 4000 veículos e, apesar de ser possível consultar o seu manifesto de carga, a verdade é que há uma discrepância nos números anunciados antes e aqueles que podemos ver no manifesto.
A justificação para a discrepância nos números parece estar relacionado com o facto de a carga com destino aos EUA ser aparentemente mencionada, com a restante a ter como destino outros países, como o Canadá ou o México.
Já se sabia que a larga maioria dos carros a bordo do navio pertenciam ao Grupo Volkswagen, incluindo modelos da Audi, Bentley, Lamborghini, Porsche e também da SEAT, mas havia mais veículos a bordo.
Não só o “Felicity Ace” transportava tratores e guinchos para gruas, como também outros automóveis de clientes privados.
Entre estes contam-se um BMW Série 7 de 2007, um MINI Countryman, um Land Rover Santana de 1977 e ainda um Honda Prelude SiR de 1996 que, segundo uma publicação do seu proprietário no Facebook, seria apenas a 65.ª unidade produzida da quinta geração do modelo e que estaria a caminho dos EUA para ser restaurada.
Neste grupo de automóveis privados o “Felicity Ace” transportava também um Porsche Cayenne de 2015, um Ford Mustang de 2015, um Kia Soul de 2014, um Nissan Versa Note de 2018 e um Volkswagen Jetta de 2017.
Os carros perdidos pelo Grupo Volkswagen
A larga maioria de veículos naufragados são, no entanto, do Grupo Volkswagen. Apesar de não vender nos EUA, havia três SEAT Ateca a bordo, com destino ao México.
Naufragaram também cerca de 1100 Porsche, mas neste manifesto contam-se apenas 589 carros da marca e, ao contrário das restantes marcas do grupo alemão, não estão identificados; a Porsche identifica apenas as fábricas onde são produzidos.
Assim sendo, é possível saber que repousam agora no fundo do Atlântico 126 Cayenne (feitos em Bratislava), 23 unidades ou do 718, 911 ou Taycan (todos eles feitos em Zuffenhausen).
Zuffenhausen volta a ser referido novamente, com mais 25 unidades, praticamente todas referentes ao Taycan, devido à massa média de cada unidade acima de duas toneladas; e por fim 19 unidades vindas de Leipzig, onde são produzidos o Macan e o Panamera.
Um dos poucos Porsche descriminados é um 718 Boxster GTS 4.0.
A Lamborghini também foi seriamente afetada, já que transportava 15 unidades do Aventador Ultimae, o «canto do cisne» do superdesportivo italiano, levando o construtor a reiniciar a produção deste. Além do Aventador, jazem no fundo do oceano, 20 Huracán e 50 Urus.
A Bentley tinha anunciado a perda de 189 carros no total, apesar dos números revelarem uma unidade a mais quando somamos os 77 Bentayga, 38 Continental GT, 50 Continental GT Convertible e 25 Flying Spur.
A Audi parece ser a marca mais afetada no naufrágio do “Felicity Ace”, com 1944 unidades perdidas. Entre eles encontramos o A5 (nas três carroçarias), o Q3 e Q3 Sportback, o TT e também os elétricos e-tron, e-tron Sportback e e-tron GT.
A Volkswagen regista a perda de 561 unidades, contando-se desde o Golf ao elétrico ID.4, passando pelos comerciais Caddy e Transporter (T6),
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