Uma gaivota bateu e abriu porta do porão de avião que acabava de descolar na Madeira. O incidente quase provocou uma “falha catastrófica” que levaria à morte de 112 pessoas, noticia o Correio da Manhã.
O evento "inédito" e com a probabilidade estatística de ocorrer menos de uma vez por cada 10 milhões de horas de voo quase provocou uma "falha catastrófica" que levaria à morte de 112 pessoas (105 passageiros e sete tripulantes) a bordo de um avião da SATA que estava a descolar do Funchal com destino a Copenhaga (Dinamarca).
Segundo o Correio da Manhã, o choque contra um bando de gaivotas na descolagem afetou os dois motores. Para além disso, aconteceu algo "extremamente improvável": uma das aves teve um impacto direto na flapeta do manípulo da porta de carga - que só tem 66 cm2 de área - deixando-a aberta em pleno voo.
O acidente inédito aconteceu em junho de 2011, mas, conforme refere a mesma fonte, o relatório do incidente foi apenas publicado recentemente pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.
De acordo com o documento, as gaivotas atingiram o A320 no trem de aterragem, flaps, fuselagem e asas e "algumas foram ingeridas por ambos os motores, resultando em vibrações intensas que foram sentidas por toda a aeronave".
A tripulação deu conta da porta do porão aberta já em terra, mas as imagens divulgadas mostram que esta já assim se encontrava durante o voo.
A investigação concluiu que uma gaivota atingiu o mecanismo de abertura da porta, sendo que a fabricante do avião, a Airbus, admitiu após uma análise que se o avião estivesse a altitude mais elevada a consequência poderia ser "catastrófica", acrescentando ainda que este foi o único evento do género conhecido até aquela data.
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