Os achados arqueológicos encontrados no palácio da Conceição, em Ponta Delgada, são uma descoberta “ímpar” e de “grande relevância” para a região, revelou hoje a Direcção Regional da Cultura dos Açores.
O relatório técnico da Direcção Regional da Cultura concluiu que a cisterna e o fontenário, descobertos no antigo convento de Nossa Senhora da Conceição, são “uma descoberta arqueológica ímpar nos Açores, pelo que se considera que a sua salvaguarda e usufruto público é de grande relevância para todo o arquipélago”, lê-se num comunicado.
O relatório resulta dos trabalhos desenvolvidos entre o fim 2019 e o início de 2020, que procederam à “caracterização arqueológica de uma estrutura hidráulica primitiva descoberta na zona claustral” daquele palácio.
Esta estrutura, datada da segunda metade do século XVII, apresenta um “elevado interesse patrimonial” com características “únicas na realidade” regional.
O relatório, citado pelo GACS, sugere que a estrutura do claustro do antigo convento seja integrada num “projecto museológico” para a “sua visitação e fruição pública”.
“Neste sentido, a equipa da estrutura para a casa da autonomia está a desenvolver uma solução arquitectónica que contempla estas recomendações técnicas e que valorize o achado arqueológico”, conclui a nota de imprensa.
Em Abril de 2015, foi lançado a concurso a construção da Casa da Autonomia, um projecto museológico sobre a história do regime autonómico açoriano, a ser construído no palácio da Conceição num prazo de execução de 365 dias.
Em Novembro de 2019, o secretário da Educação e Cultura, Avelino Meneses, disse, em declarações à RTP Açores, não existir data para a conclusão do projecto, reconhecendo um “alongamento de prazos” e um “acréscimo de custos” devido à descoberta de achados arqueológicos.
Fonte: Publico
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