Os Açores vão retomar as ligações aéreas interilhas e a operação regular de transportes marítimos a partir de sexta-feira. Retoma das ligações para Portugal continental serão avaliadas em junho.
Os Açores vão retomar na sexta-feira, “de forma gradual”, as ligações aéreas
interilhas e a operação regular de transportes marítimos, anunciou esta
segunda-feira o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.
Numa conferência de imprensa, o presidente do executivo regional anunciou
também que o Governo Regional vai avaliar a retoma das ligações aéreas
operadas pela SATA para Portugal continental em junho.
Assim, na próxima sexta-feira, serão retomadas as ligações aéreas e
marítimas interilhas, “sobretudo no grupo central”, indicou.
Esta é uma “situação que, numa primeira fase, será feita de forma
progressiva, que dispensa, naturalmente, alguns dos procedimentos que
existem neste momento, em termos de autorizações, mas que será feita de
forma gradual”, concretizou Vasco Cordeiro, que falava depois de uma reunião
com vários agentes do setor turístico e com as secretárias regionais dos
Transportes e Obras Públicas e da Energia, Ambiente e Turismo.
Assim, são retomados os voos para todas as ilhas dos Açores, bem como a
operação regular de transportes marítimos, que, uma vez que as rotas de
ligação entre as Flores e o Corvo já foram retomadas, dizem respeito apenas
ao grupo central.
A operação sazonal da Atlânticoline, que se costuma realizar no verão com um
reforço da frota, mantém-se cancelada.
Em relação às ligações com o exterior, o chefe do executivo regional
adiantou que, “naquilo que tem a ver com o grupo SATA”, está a ser avaliada
a possibilidade de, “durante os primeiros 15 dias, três semanas de junho”,
reativar as operações, também de forma gradual, retomando, em primeiro
lugar, a ligação a Portugal continental, adiantando ainda que esperam,
“também nas ligações com o exterior” poder, “ao longo do mês de junho, ter a
reativação desse serviço”.
O presidente do Governo Regional esclareceu que os procedimentos de
segurança à entrada da região mantêm-se em vigor, “sobretudo na relação
entre as ligações ao exterior e as ligações para as outras ilhas”, e que “há
um trabalho de monitorização permanente em relação àquilo que acontecerá com
essa abertura, com a maior movimentação de pessoas”.
Salientando que este passo foi dado “com segurança”, não descarta a hipótese
de, “eventualmente, ser necessário retroceder”.
“Não estamos a falar da necessidade de retroceder, se, porventura, e é
provável que aconteça, surgir mais um caso positivo. Mais do que a questão
de ter um caso positivo, para nós, o que é essencial é a capacidade de
determinar a cadeia de contágio, de isolar, de testar, de, no fundo, ter a
situação sob controlo”, concretizou.
À data, a Ryanair e a SATA não estão a operar entre o continente e a região,
mas a TAP continua a ter ligações, embora em menor quantidade que o
habitual, entre Lisboa e Ponta Delgada e Lisboa e Terceira.
Até ao momento, já foram detetados na região um total de 146 casos de
infeção, verificando-se 122 recuperados, 16 óbitos e oito casos positivos
ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença
Covid-19: sete na ilha de São Miguel e um na ilha do Pico.
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