sexta-feira, 22 de março de 2019

Laurindo vive na Terceira e com 7 anos e já é considerado um fenómeno do futebol


Tem 7 anos e já é considerado um fenómeno do futebol. Na Ilha Terceira, nos Açores, o pequeno Laurindo faz fintas como os grandes, corre como poucas crianças e tem no olhar, sede de querer mais, aquela, que não se vê em toda a gente.

As meias desdobradas parecem querer cobrir até acima as pequenas pernas do rapaz que se equipa para mostrar o verde da camisola que usa nos treinos mensais na Academia do Sporting.

Esta criança, que se não pudesse ser jogar de futebol, gostava de ser bombeiro “para poder ajudar pessoas”, treina diariamente nas escolas do Praiense, na Praia da Vitória, e durante cerca de 10 dias, todos os meses, ruma a Lisboa para treinar com alguns dos escalões de jovens do clube de Alvalade.





@RUI CARIA
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A descoberta deste diamante em bruto, como lhe chamam os técnicos e professores do Sporting, foi feita em 2017 durante um torneio de futebol de “préescolinhas” na Ilha.

Os técnicos de recrutamento que viram o Laurindo a jogar, convidaram-no a ir treinar à academia do Sporting; impressionados com as qualidades da criança, nunca mais o quiseram perder de vista.


Hoje, cerca de um ano depois, o Laurindo divide os treinos e a escola entre Lisboa e a Terceira.

Os professores, deste e do outro lado do mar, mantêm o contacto permanente para que nada falte na formação académica do rapaz que assegura ser bom aluno por estar no top quatro da sua escola.

De namoros não quer saber para já; “primeiro a escola, depois o futebol e depois, se tiver tempo, as raparigas…”, refere num tom sério o menino que já está na mira dos grandes clubes mundiais como o Real Madrid ou a Juventus, entre muitos outros.

“Foi surreal ter representantes destes clubes em nossa casa.” diz, em orgulho, o pai, Laurindo, ex-jogador de futebol e agora a treinar as jovens promessas da cidade da Praia da Vitória.





@RUI CARIA
Este orgulho de pai, do pai, tem de manter-se ao nível da dificuldade de também ser treinador do filho.

“É difícil porque ele às vezes chama-me pai durante o treino, mas corrige logo para “mister”.

Acaba por ser difícil para ele e para mim, que sei que tenho de olhar para o meu filho como um qualquer elemento da equipa”.





RUI CARIA
A capacidade de adaptação no campo, é uma das qualidades mais marcantes deste pequeno atleta, que consegue fazer a leitura do jogo e moldar-se, quer aos da sua idade, quer aos mais velhos, com quem já treina regularmente na ilha e no continente.

É com os jovens de nove e dez anos que lhe dá mais gosto jogar porque pode experimentar “fintas novas”.





RUI CARIA
“Não quero criar expectativas para ele, nem para nós, porque não sei se alguma vez estarei preparada para o ver voar; se alguma vez chegar o dia, vai ser muito difícil”, assegura a mãe do pequeno de cabelo em forma de bola, que lhe escorre pelo rosto e deixa ver entre os caracóis, uns olhos cheios de ímpeto de gente grande misturado com a candura de ser criança, numa combinação tão intrigante e difícil de explicar, como o talento que se adivinha.

Fonte: SIC Notícias

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