Família açoriana que fez viagem à volta do mundo já regressou a Ponta Delgada
À chegada, e perto do catamarã onde a família seguira viagem e onde os mais curiosos insistiam em entrar, Armindo Furtado contou aos jornalistas de toda a emoção forte que sentia a família: “A emoção é tão forte, é uma mistura de sentimentos e emoções que nunca tive. Já estive próximo de sentir a mesma coisa, mas a este ponto nunca tive”, diz ao relembrar-se de experiências anteriores.
Ali, sob o olhar atento do filho mais novo, Leonardo, Armindo Furtado afirmou estar “satisfeito e feliz” por ter conseguido concretizar, com a sua família, o projecto que foi traçado ainda em 2012, altura em que o casal teria apenas uma filha, Benedita. “O projecto foi pensado por dois anos e conseguimos concluí-lo nesse tempo, mas fugindo um bocado à rota traçada inicialmente”.
No entanto, as obrigações em terra falaram mais alto, afirmou o “capitão” do catamarã agora regressado à terra que o viu partir: “Por mim ficaríamos mais tempo, mas a minha mulher não quis perder o emprego”, referindo por acréscimo que a emoção à saída não foi tão forte como a de regressar.
Do tempo da viagem, Armindo Furtado aponta que estes foram “dois anos de família muito intensos e muito fortes”, onde sentiu “o monstruoso peso da responsabilidade”, uma vez que, se em terra conseguiu fugir a determinadas situações, em alto-mar tal seria impossível. “Sempre fugi às responsabilidades, nunca montei uma empresa como poderia ter montado, cheia de empregados, por exemplo. Tive essa possibilidade mas não a quis, e de repente vejo-me no meio do mar com dois filhos que tinha que manter vivos e isso para mim foi muito duro, foi muito duro estar sempre a fazer o meu melhor para que nada acontecesse, mas graças a Deus estão todos de volta, sãos e salvos, com muita alegria e muita felicidade”.
Em relação a Leonardo, que mirava a multidão com a curiosidade típica de uma criança, Armindo Furtado refere que este será um marinheiro. “O mais pequeno é marinheiro, sai ao pai e vai seguir os meus passos, julgo eu. Ele é incrível, tem toda a musculatura de vela já na cabeça, fala de uma forma incrível sobre o mar e eu fico surpreendido a toda a hora. Vai ser um grande marinheiro, espero eu”.
Por agora, a família não adianta quaisquer planos para o futuro, afirmando apenas que depois de todos os cumprimentos que ali decorriam, seguiriam para uma festa de aniversário, uma oportunidade para reunir alguns amigos e familiares, acrescentou o porta-voz da família.
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