O voo sazonal da época alta vai realizar-se uma vez por semana, aos sábados, e vai servir o aeroporto de Gatwick, no sul de Londres, iniciando a operação a 05 de maio.
“Seria ótimo estender durante o inverno, mas vamos ver. É uma rota estranha, porque um voo por semana nem sempre é o melhor. Se fizéssemos dois voos, daria um pouco de flexibilidade às viagens”, admitiu à agência Lusa, em Londres, onde esteve numa ação de promoção.
A realização do congresso anual da Associação das Agências de Viagens Britânica (ABTA), em novembro do ano passado, mobilizando mais de 400 operadores turísticos, encorajou a companhia aérea a renovar a rota iniciada em 2016.
“Assumimos o compromisso e estamos a fazer um grande esforço para fazer este voo. Será que poderia ser de março a novembro, ou o ano inteiro? Vamos ver”, acrescentou Eccles.
No ano passado, revelou, a taxa de ocupação ficou-se pelos 65% a 70% nos meses de pico do verão e menos nos restantes, mas o objetivo é tornar esta rota sustentável.
Além de um voo reduzido sem escalas, a Azores Airlines está também a aliciar os operadores com o “Azores Coupon”, um passe aéreo semelhante ao Azores Air Pass que permite visitar três ilhas diferentes do arquipélago.
O diretor comercial está apostado em dar “maior consistência e estabilidade” à companhia aérea, que no ano passado sofreu com problemas operacionais e técnicos, greves de pessoal e mau tempo.
Na próxima semana deverá começar a voar o novo Airbus A321neo (e em abril uma segunda aeronave do mesmo modelo), que proporciona uma maior eficiência e flexibilidade, reduzindo custos.
“É um avião fantástico, que oferece a garantia de que conseguimos fazer Boston até Ponta Delgada diariamente durante o verão com confiança. Não tínhamos um avião de reserva, o que significou que, em 2017, tivemos um verão difícil. Agora é um novo começo para a companhia, com um novo logótipo, novos aviões”, vincou.
Além de Boston e Londres, a Azores Airlines serve também Providence (EUA), Toronto e Montreal (Canadá), Frankfurt (Alemanha), Cabo Verde, além de Portugal continental.
Gavin Eccles não quis comentar os resultados financeiros da empresa no ano passado, adiantando apenas que “estão em linha com as expectativas”.
Segundo o relatório de contas de 2016, o Grupo Sata, que opera também a SATA Air Açores para os voos internos no arquipélago, registou prejuízos de 14.186 milhões de euros, uma redução de 36% face aos prejuízos de 22.175 milhões de euros em 2015.
O EBITDA passou a ser de 1,7 milhões de euros positivos em 2016, contra a 8,8 milhões de euros negativos em 2015, e a dívida estabilizou nos 154 milhões de euros.
Gavin Eccles esteve em Londres a participar numa ação de promoção dos Açores, realizada na embaixada de Portugal na quarta-feira em colaboração com o Turismo de Portugal, onde estiveram responsáveis do Governo Regional e da Associação de Turismo açoriana.
As estatísticas disponíveis apontam para uma quebra do número de turistas em 2017, mas Rui Apresentação, adjunto da Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, mostrou-se confiante numa recuperação este ano.
“O Reino Unido é o nosso oitavo mercado externo, apesar de ser o primeiro para Portugal, por isso, tem muito potencial”, disse à Lusa.
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