O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia salientou o "grande desafio” que o prémio representa para os Açores, na medida em que este reconhecimento “não tem apenas a ver com as políticas implementadas para melhorar a sustentabilidade das atividades no mar, incluindo o turismo e as atividades costeiras, mas também porque temos de saber planear políticas sustentáveis para o futuro”.
“A diversidade da vida marinha, a singularidade da paisagem, a pureza das águas e a qualidade das zonas balneares, assim como a própria identidade cultural do Povo Açoriano, são elementos que distinguem os Açores de outras regiões da Europa”, frisou Gui Menezes.
“Devemos continuar a promover a sustentabilidade em todas as atividades que realizamos no nosso mar e nas nossas áreas costeiras”, afirmou o Secretário Regional, defendendo que “a experiência turística nos Açores deve estar vez mais ligada à cultura local”.
Nesse sentido, apontou a Pesca Turismo, que permite aos turistas acompanhar os pescadores num dia de faina, frisando que esta modalidade de recreio, para além de sensibilizar os turistas e os visitantes para o trabalho no mar, “permite-lhes o contacto íntimo com uma arte antiga e tão dependente da natureza, concedendo-lhes a possibilidade de usufruírem do mar dos Açores e das magníficas paisagens das costas das nossas ilhas”.
Segundo Gui Menezes, neste contexto, “os turistas têm a possibilidade de pescar o seu próprio peixe, que poderá também ser consumido num restaurante local”.
“Queremos que quando os turistas forem a um restaurante comer peixe açoriano saibam que foi capturado por pequenas embarcações de pesca, usando técnicas artesanais sustentáveis, com linhas e anzóis”, disse.
Por seu lado, a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo considerou que este prémio “é mais uma distinção que evidencia que as práticas ambientais e de sustentabilidade desenvolvidas no arquipélago são, cada vez mais e com maior frequência, reconhecidas internacionalmente".
Para Marta Guerreiro, esta notoriedade constitui "uma grande mais-valia, que deverá ser turisticamente aproveitada por todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão ligados à comercialização do Destino Açores”.
“O objetivo deste galardão é promover os destinos de turismo sustentável, de grande qualidade, ficando o turista seguro na sua escolha com a garantia desta certificação”, acrescentou.
Para a titular da pasta do Turismo, “a maioria dos turistas que procuram os Açores, fazem-no, precisamente, pela calma, segurança, tranquilidade e, acima de tudo, pelo conjunto de experiências que têm disponíveis, uma grande parte delas relacionadas diretamente com o mar”.
“Temos a certeza que prémios como este trarão à Região mais turistas que procuram destinos turísticos com práticas sustentáveis”, salientou Marta Guerreiro.
A Secretária Regional lembrou ainda que “a especificação 'Platina' foi criada, em 2014, propositadamente para os Açores, o que atesta o nível de excelência do arquipélago enquanto destino turístico sustentável”.
O Quality Coast, um programa do Coastal & Marine Union, da União Europeia, que atualmente é operacionalizado pela organização internacional de turismo sustentável Green Destinations, integrando o seu programa de certificação e de prémios, foi especialmente criado para distinguir não só parâmetros como a qualidade da vida marinha, da natureza, da zona costeira, mas também parâmetros relacionados com a identidade, cultura e sociedade que poderão afetar a experiência turística dos visitantes de uma região.
Este ano, em 100 critérios, os Açores obtiveram pontuação máxima em 96, com base na avaliação por um júri internacional de indicadores de sustentabilidade, tais como 'Natureza', 'Ambiente', 'Identidade', 'Turismo e Negócios' e 'Comunidade Anfitriã e Segurança'.
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