Os veículos elétricos e os smartphones do futuro podem vir a ser alimentados a partir de vulcões como o dos Capelinhos, nos Açores. O lítio, elemento fundamental nas baterias modernas, é um recurso finito nas atuais minas mas, descobriram os cientistas, surge em depósitos de vulcões em atividade.
Os cientistas descobriram a presença de lítio em sedimentos de lagos formados em caldeiras de vulcões na América do Norte, onde o elemento ficou depositado após uma erupção de magma em determinadas condições geológicas, concluindo que tais depósitos são “promissores novos alvos para exploração de lítio”. É que, à atual velocidade de consumo e de extração (essencialmente proveniente de minas na Austrália e no Chile), o fornecimento de lítio pode tornar-se crítico por volta de 2030.
Hoje em dia, o lítio é utilizado em baterias de telemóveis, computadores portáteis, máquinas fotográficas e diversos veículos, tendo passado já por fases de utilização em armas nucleares e em medicamentos para tratamentos psiquiátricos. O metal tem vindo a tornar-se gradualmente mais necessário, com a procura a superar a oferta.
“Vamos ter de usar veículos elétricos e baterias de alta capacidade para diminuir a nossa pegada ecológica”, explicou Gail Mahood, co-autor do estudo. “Tivemos uma corrida ao ouro, então ficámos a saber como, por quê e onde surgia o ouro, mas nunca tivemos uma corrida ao lítio. A procura por lítio ultrapassou o conhecimento científico sobre o elemento, portanto é essencial à ciência fundamental por detrás destes recursos acompanhá-la”, acrescentou outro co-autor, Thomas Benson.
in dinheirovivo.pt
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