A empresa fabrica e monta condutas de ar em edifícios como bancos, hospitais, laboratórios, escolas, aeroportos, etc... Aliás, acrescenta o empresário, o Centro Comercial Parque Atlântico, em Ponta Delgada, tem um trabalho que foi da autoria desta empresa.
Como forma de comemorar o aniversário da Drielox, José Soares decidiu oferecer aos seus funcionários uma viagem surpresa aos Açores. Ao todo, São Miguel recebeu 70 pessoas que permaneceram na ilha verde durante quatro dias.
À conversa com o Diário dos Açores José Soares revelou que a ideia de oferecer viagens aos seus funcionários já não é nova. “Faço isso de cinco em cinco anos”, conta, acrescentado que “é a prenda que empresa dá aos seus colaboradores. É a nossa forma de reconhecermos o trabalho destas pessoas”, sendo a empresa a arcar com todos os custos desta deslocação, incluindo estadia, alimentação e transportes.
Outro dado curioso é que não é revelado aos funcionários qual o destino da viagem. A única certeza que têm é que a deslocação é sempre para Portugal. Só aquando do check-in é que as 70 pessoas ficaram a saber que viriam para Ponta Delgada.
Conforme explica este empresário, apesar do grupo não fazer ideia do que ia encontrar na ilha, eles “estão maravilhados e adoraram a ilha. Posso dizer que tem sido uma experiência única para eles”, refere.
Fomos encontrar o grupo a visitar a estufa de ananases localizada na Fajã de Baixo. Bastante entusiasmados e visivelmente agradados com o que estavam a ver, descobrimos que o elemento mais novo do grupo é um jovem estagiário de 16 anos, sendo que a pessoa mais velha já conta com 76 anos. A este propósito, José Soares ressalva que apesar do mais novo não fazer parte dos quadros da empresa, não deixa de ser, neste momento, um elemento da Drielox, por isso “ele também foi convidado a vir connosco”. Por outro lado, adianta, o elemento mais velho, “por incrível que pareça, ainda trabalha e vai fazer 76 anos no próximo mês de Abril. Apesar deste senhor estar reformado desde os 60 anos, ele não quer sair da empresa por nada neste mundo e aparece todos os dias para trabalhar. Aliás, quando ele não aparece eu até lhe telefono para casa para saber se está tudo bem”, comenta.
Esta é já a sexta viagem que a empresa realiza com todos os seus empregados, sendo uma experiência que não é nova para alguns colaboradores, uma vez que já têm vinculo à Drielox há muitos anos. Em jeito de brincadeira, José Soares refere que a empresa está a ficar «envelhecida» como alguns países. “Aliás, os meus filhos até brincam comigo quando dizem que a minha empresa já tem muitos empregados com idade avançada. Em todo o caso, eles sentem-se tão bem entre nós, que é raro eu perder um empregado. O que é uma mais-valia para a própria empresa porque assim têm mais qualificações e muita experiência”, frisa o empresário, contando que “pode parecer estranho, mas no ano em que fechamos a empresa uma semana para realizar a viagem, o movimento e a facturação naquele ano são maiores do que no ano anterior. Por isso aconselho todos os patrões a fazerem o mesmo, sem medos. Isso acaba por ser um investimento com retorno garantido, porque sem dúvida que as melhores «máquinas» que temos nas nossas empresas são as pessoas”.
A esposa, Maria de Jesus Soares, é quem, geralmente, fica encarregue da escolha do destino confessando à nossa reportagem que sempre teve vontade de conhecer os Açores, mas o receio da viagem impedia-a de concretizar este sonho. No entanto, com o incentivo dos filhos e do marido acabou por escolher São Miguel para a viagem deste ano.
É tradição o casal não repetir destinos, mas, refere Maria de Jesus, como os Açores são nove ilhas, é possível que o destino Açores possa ser novamente contemplado, mas com outras paragens”, sugere.
Em jeito de conclusão, José Soares dá conta do quão complicado foi organizar a viagem até Ponta Delgada. Como disse, “apesar de se falar muito nos Açores e de vermos alguma publicidade a este destino, não é fácil ou económico chegar cá. Por exemplo, da Holanda para os Açores, em voo directo, é impossível. Não há companhias que o façam. Chegamos a contactar com a Sata, colocando a hipótese de fretarmos um avião, mas disseram-nos que não estavam interessados no negócio. Já a TAP pedia por pessoa, cerca de 900 euros para fazer Amsterdão/Ponta Delgada e por esse valor seria uma viagem incomportável. Por tudo isso, do ponto de vista burocrático foi muito complicado organizar esta viagem. Cheguei a questionar-me onde está então essa abertura ao turismo que anda a ser apregoada? Há mesmo muitos entraves para chegar aos Açores”, lamentou José Soares.
Fonte: DiáriodosAçores
Sem comentários
Enviar um comentário