Esta montanha é o ponto mais alto de Portugal, 2.351 metros. Em breve deverão avançar as obras de cerca de 500 mil euros para melhorar as condições de acesso
Mais de 12 mil pessoas escalaram em 2016 a montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal, um aumento de 18% face ao ano anterior, anunciou hoje o Governo dos Açores, que pondera regulamentar a pernoita no local.
Em 2016 subiram à montanha 12.317 pessoas, o que significa um aumento de 18,3% em relação ao ano anterior, em que tinham escalado a montanha 10.415 pessoas”, disse à agência Lusa o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, adiantando que deverão avançar “em breve” as obras de cerca de 500 mil euros para melhorar as condições de acesso à montanha do Pico, com 2.351 metros de altitude.
Segundo Hernâni Jorge, esta empreitada prevê a criação de uma zona de apoio às descidas, separando-a em duas áreas distintas, e a criação de melhores condições para os visitantes que, nos últimos anos, “têm aumentado consideravelmente”.
“As atuais instalações [Casa da Montanha] funcionarão como centro de interpretação, zona de apoio com loja, bar e espaço onde é projetado o vídeo de segurança e prestadas as informações que precedem o início da escalada”, explicou o responsável, referindo que será “construída uma nova edificação para apoio às subidas” e criada uma zona de estacionamento para viaturas e autocarros.
Hernâni Jorge apontou que esta zona de estacionamento permite ordenar o trânsito, um dos principais problemas nos períodos de maior procura da Casa da Montanha, estrutura de apoio aos visitantes.
A nossa intenção era ter estes investimentos concretizados para o verão de 2017, mas a demora na obtenção do visto do Tribunal de Contas condicionou o início da empreitada e esperamos que esta possa decorrer ao longo deste ano, para que na época alta de 2018 a montanha já possa dispor destes equipamentos e de condições melhoradas”, afirmou.
Números oficiais indicam que mais de 25 mil pessoas acedem, anualmente, à Casa da Montanha, sendo que metade faz a escalada e outras tantas vão apenas conhecer o espaço.
Hernâni Jorge admitiu ainda a introdução de "algumas alterações de pormenor" ao regulamento de acesso à montanha, nomeadamente “um possível aumento das taxas aplicadas nas subidas autónomas e, no caso da pernoita, na montanha, a aplicação de uma taxa e a proibição de utilização de bastões de aço na subida”.
“Ainda recentemente reunimos com as empresas e os guias que propuseram-nos algumas alterações, nomeadamente um eventual aumento das taxas das subidas autónomas e a implementação de uma taxa para pernoita na montanha", esclareceu, salientando, contudo, que são propostas "em análise".
No caso de uma taxa para a pernoita, o responsável sustentou que visa minimizar as consequências ambientais que resultam do "abandono considerável de resíduos" devido à colocação de tendas e de abrigos provisórios.
in tvi24.iol.pt
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