“Os ilhéus em Coimbra” foi o segundo texto com que Catarina Fernandes concorreu a este galardão. No ano passado, o namorado falou-lhe do prémio e incentivou-a a participar. Escreveu um conto sobre Coimbra e não ganhou, mas nesta edição decidiu apostar no formato reportagem.
O Prémio de Jornalismo foi instituído pelo “Diário de Coimbra” e pela Câmara Municipal e Universidade de Coimbra em homenagem ao director “in memoriam” do jornal, com um valor de 1500 euros.
A jovem de 22 anos tirou o curso de Línguas Modernas - Inglês e Alemão e encontra-se a realizar o mestrado em Tradução de Português/Inglês e Português/Alemão, mas não coloca de parte uma carreira no jornalismo. O ideal seria dedicar-se ao género reportagem, diz.
O futuro pode passar pelo regresso à ilha, mas apenas quando a estudante alcançar a estabilidade que o permita.
Por agora, a família não podia estar mais feliz com a notícia. “Ficaram todos muitos orgulhosos, e a minha mãe até chorou quando leu o texto”, conta.
E como foi seguir um estilo jornalístico, quando, no fundo, a entrevistada era ela? E a jornalista também. “Acho que para mim até foi mais fácil porque eu é que pensava nas respostas que achava que iam ficar bem na reportagem. E como é sobre algo que eu conheço bem tornou-se mais simples e fluiu melhor”, explica.
Para Catarina Fernandes, a reportagem pretendeu transmitir o sentimento que transportam os estudantes açorianos ao longo dos anos de faculdade. “No fundo é o sentimento de saudade, do mar e das pessoas”, resume.
Na reportagem, escreve: “A grande questão de todos os ilhéus é: quando partirem, nunca irão voltar ao que já foram. ‘Empacotar uma vida, embora curta, não é fácil. Temos de fazer escolhas - o que é importante, o que pensamos ser importante e o que já não o é. E o que deixamos para trás deixa de ser nosso´”.
Fonte: Correio dos Açores
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