Trata-se de um jogo muito simples (de origem, possivelmente, brasileira "bala" = rebuçado e não encontrado em Portugal continental), jogado a pares e que consiste em dizer ‘balamento’ ao adversário quando o vê pela primeira vez em cada dia. Quem chegar ao fim, normalmente ‘Sexta-feira Santa’ ou ‘Sábado Aleluia’, com mais balamentos dados ganha, recebendo do adversário um prémio: o balamento. Segundo a tradição, este prémio/balamento será amêndoas, pode ser outro doce conforme o acordado, e é entregue no dia de Páscoa e repartido com os demais.
Hoje o jogo limita-se a crianças e jovens, mas ainda tenho na memória as histórias da minha avó (de como rasgou o vestido ao esconder-se para dar o balamento…), prova do entusiasmo que envolvia este jogo, na altura jogado por miúdos e graúdos, sendo os últimos os mais empolgados. O acirramento era tal que se engendravam artimanhas, a ponto de se disfarçarem para não serem reconhecidos ou passarem o dia a esconder-se do adversário, para o surpreender e dar o balizamento!
Fonte: Baluarte
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