Farol mais antigo dos Açores é guardado e mantido por dois irmãos
Este é o mais antigo farol dos Açores e, portanto, com esta idade toda tem muitas histórias ao longo da sua existência”, afirmou hoje à agência Lusa Rui Melo, acrescentando que a construção do farol do Arnel teve início em 1870 e entrou em funcionamento seis anos depois.
Nos Açores, existe uma rede de 34 faróis e farolins “bem conservados” e dispersos por todas as ilhas, informou o capitão do porto de Ponta Delgada, Cruz Martins.
Rui Melo adiantou que, até 1937, o farol do Arnel, construído numa ponta rochosa no concelho do Nordeste, funcionou com torcidas de óleo, sendo depois instalados equipamentos que permitiram obter luz através da vaporização de petróleo.
“Funcionou assim até 1954, ano em que foram instalados geradores. Só em 1991 chegou a iluminação pública”, referiu o faroleiro, acrescentando que, em todo o caso, é mantido um sistema alternativo caso falte a eletricidade.
Dos vários episódios que marcam a história do farol do Arnel, Rui Melo destacou um ocorrido durante a I Guerra Mundial, envolvendo um submarino alemão e um navio de guerra português, em que seis sobreviventes lusos “guiaram-se pela luz do farol e vieram aqui ter”.
Para o capitão do porto de Ponta Delgada, apesar de toda a tecnologia hoje existente, os faróis e farolins “continuam a ser ajudas preciosas à navegação e a ter um papel importante neste objetivo da autoridade marítima de proporcionar segurança”.
“Toda esta rede que está implementada é conservada com um objetivo muito concreto que é o de dar segurança a toda a comunidade náutica”, afirmou Cruz Martins, chamando a atenção para o facto de os faróis apresentarem “características diferentes”.
Cruz Martins revelou que em 2014 os faróis nos Açores foram visitados por 3.074 pessoas e em 2015 por 4.672, ou seja, um acréscimo de 1.598 visitantes.
À semelhança do que acontece no continente, nos Açores, os faróis podem ser visitados gratuitamente à quarta-feira.
No Arnel cabe aos dois irmãos faroleiros guiar os visitantes, mostrar os recantos e contar a história do local, “um trabalho feito com gosto” paralelamente às obrigações diárias de salvaguarda a manutenção do edifício, e revisão dos equipamentos elétricos.
Fonte: Acores9
Pena que seja só possível visitá-lo às quartas feiras, quem por ali passa noutro dia não tem a sorte de ver tamanha beleza! :(
ResponderEliminarO draga minas Augusto de Castilho era comandado por Carvalho de Araújo , natural de Vila Real de Trás-os- Montes e fazia protecção ao navio misto da Companhia Insulana de Navegação - São Miguel. Foram atacados em alto mar e o Augusto de Castilho colocou-se entre o S. Miguel e o submarino alemão ( sempre eles).Enquanto o São Miguel se colocava ao largo, O submarino facilmente afundou o Augusto der Castilho quase indefeso e matou o comandante. Os náufragos meteram-se num salva vidas à deriva e ao fim de alguns dias deram com a luz do farol do Arnel . Alguns pescadores locais deram com eles do alto do Miradouro da Nazaré , entre eles o saudoso Chico Gonçalves, e foram num barco de pesca em seu auxilio para terra firme. A Marinha ficou sempre grata a esta gente e condecorou o velho pescador Chico Gonçalves, pelo apoio que lhes deu numa época tão difícil. A Companhia Insulana de Navegação deu o nome de Carvalho de Araújo ao novo navio que durante muitos anos fez viagem entre o continente e os Açores. No museu da marinha , em Lisboa, existe uma pintura alegórica a este acontecimento.
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