Derek (Loura) Monteiro hoje trata as maiores vedetas ‘por tu’ mas começou mesmo a dançar num rancho folclórico português em Massachusetts
Quando, há algumas semanas, a revista InStyle precisou de um DJ que emprestasse o clima musical à sessão de fotos para a sua capa com a cantora Jennifer Lopez, a escolha da publicação recaiu sobre o luso-americano Derek Monteiro (o seu apelido verdadeiro é Loura, que resolveu evitar por motivos de privacidade). O ‘baby shower’ da Fergie e o aniversário da actriz Sandra Bullock também foram animados ao som de Monteiro, o DJ que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood contrata para a sua famosa ‘after-party’ na noite de entrega das cobiçadas estatuetas - o que também sucede com os Globos de Ouro e eventos como o Comicon. Há pouco tempo também, o luso-americano animou o lançamento de uma película na Mansão Playboy.
“É realmente uma carreira incrível”, reconhece o DJ, cujo nome de baptizado é Derek Loura, em entrevista exclusiva ao jornal LUSO-AMERICANO. “O meu trabalho leva-me a conhecer pessoas como as já citadas acima e ainda Meryl Streep, Reese Witherspoon, Jane Fonda, Ellen DeGeneres, Pink, Ricky Martin…”.
Mas Monteiro não se esquece das origens portuguesas e afirma mesmo ter delas “muito orgulho.” É que o DJ de 33 anos nem sempre viveu em Los Angeles, onde está radicado desde há uma década; ele nasceu em Hudson, Massachusetts, filho dos emigrantes José e Maria Loura, oriundos de Santa Maria, Açores. “Cresci em Hudson, andei no liceu de Hudson, frequentava o clube português e até pertenci ao rancho folclórico de Norwood”, revela Monteiro. “A minha mãe obrigava-me a dançar no rancho e eu na altura detestava. Agora, em retrospectiva, até lhe agradeço, porque foi assim que me aperfeiçoei como dançarino - o que também sou.”
O luso-americano chegou mesmo a ser escolhido pela cantora Britney Spears, no auge da sua carreira, para dançar com a estrela pop nos Music Video Awards da cadeia MTV.
A mudança para a Califórnia acontece quando Derek soma ainda 20 anos, por influência de uma prima, Susie Cabral, que para lá também se transferira. “Para ganhar a vida renovava casas, mas ia tendo aulas de dança e empregos em discotecas onde fazia de tudo um pouco”, relembra.
Por volta de 1998, a ocupação de DJ começa a não lhe permitir outras distrações e dedica-se então por inteiro à música. “Dede que me lembro de mim que gosto de dançar, que reajo ao ritmo da música”, diz.
Como outros luso-americanos de primeira geração, Monteiro fala português e não prescinde de regressar sempre que possível às origens. “Vou a Massachusetts geralmente no Dia de Acção de Graças e no Natal para estar com a família”, afirma. (O pai do DJ faleceu quando era adolescente e sua mãe voltou a casar-se - pormenoriza).
“Do que tenho mais saudades é da comida portuguesa”, sublinha. “Daquele espírito de estar em família da nossa gente. Tenho muito orgulho em ser português.”
O DJ, que se recorda de ter crescido “a ouvir o Jorge Ferreira e a dançar a chamarrita”, lembrase igualmente com saudosismo dos dois verões que passou em Santa Maria.
Fonte: www.lusoamericano.com
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