Foto de Manuel Oliveira Photography
Chamam-lhe a Ilha Verde e é mesmo, mas depois olhamos para o mar e é aquele azul-escuro e temperado que também não acaba.
Entre os cafés e restaurantes fancy de Ponta Delgada e as deliciosas tascas onde confraternizamos com pescadores, há uma ilha imensa. Há as lagoas, com ou sem cozido, e os passeios (sem carro, esqueça), há as plantações de chá, de tabaco e de ananás, os canaviais. As borboletas e as hortênsias e o cheiro a campo. Chamam-lhe a Ilha Verde e é mesmo, mas depois olhamos para o mar e é aquele azul-escuro e temperado que também não acaba. No final, nada como marcar novo voo e fazer tudo outra vez.
Ilhéu de Vila Franca
Um mergulho obrigatório depois de um traçadinho no Café Central de Vila Franca do Campo. É uma pequena ilha vulcânica a 500 metros da costa com uma lagoa de água turquesa no centro, daí chamarem-lhe também Anel da Princesa. Vai-se de barco todos os dias, mas quanto mais cedo melhor: no Verão, os bilhetes costumam esgotar por volta das 11h. Preço 5€; Horário 10h-18h
A Tasca
O único atum que provámos em toda a ilha foi o da bifana (aquilo a que no Continente chamamos prego) de atum da
Tasca, em Ponta Delgada, mas apetece- -nos dizer: é de certeza o melhor prego (ou bifana, o que quiserem desde que provem) de toda a ilha. Envolvido em sementes de sésamo, com maionese ou mostarda caseiras.
Preço 3,80€; Horário 11h-02h
Percurso de arte urbana
A herança do Walk&Talk sente-se logo que se chega a São Miguel; estando atento, talvez ainda antes de o avião aterrar. Cinco anos de festival deixaram cerca de 90 murais, por vários pontos da ilha, que é possível visitar com a ajuda do roteiro de arte urbana disponível no site do festival. A não perder mesmo, a obra de Vhils num torreão junto à Rua do Mata-Mulheres, na Fajã de Cima. Info http://walktalkazores.org/mapa/
Arco 8
Bar, sala de concertos e galeria de arte. Em Santa Clara, uma zona piscatória devoluta já fora do centro de Ponta Delgada é paragem obrigatória em São Miguel. Se não fosse por mais nada, pelos trabalhos de Vhils à entrada, com os rostos de um pescador e do homem que o ajudou no dia em que se perdeu sozinho na Lagoa das Sete Cidades.
Quinta a sábado, 22h-02h
Louvre Michaelense
Em 1904 apareceu como chapelaria e retrosaria, e agora, pela mão de Catarina Ferreira e Filipe Carneiro, reabriu como café e mercearia do mundo, com produtos tradicionais
e algum artesanato também. A ideia é entrar, ver e levar o que se quiser para a mesa. Ou então sentar-se logo e pedir, é a vontade do freguês. Rua António José d’Almeida, 8, Ponta Delgada
Parque Terra Nostra
No Vale das Furnas, o tanque de água termal deste parque, que tem também um hotel, é o paraíso para quem gosta de nadar em água a 40 graus. São os minerais de que esta água de nascente está carregada que lhe dão a cor amarelada (e o cheiro a ferro). O conselho é sempre levar um fato-de- -banho velho.
Preço 6€, Horário 10h-19h
Ver baleias
Dizem que os Açores são dos maiores santuários de baleias do mundo. São três a quatro horas no mar, à procura dos cetáceos (há operadores que devolvem o dinheiro se correr mal). Em Maio é frequente verem-se as gigantes baleias-azuis. Saídas de Ponta Delgada e Vila Franca. Preço 50-60€
Mané Cigano
Vale a pena um desvio de Ponta Delgada só para provar os chicharros (que é como quem diz jaquinzinhos) do Mané Cigano. Grelhados ou fritos – fritos, aconselhamos nós. Com feijão e batata, que é como se comem aqui, mais os queijos e as queijadas, mesas corridas e a despachar que isto é uma tasca, senhores. Mas uma tasca como deve ser. Preço 5,50€; Horário 7h-22h; Morada Rua Engenheiro José Cordeiro, 1, Ponta Delgada
Praia dos Moinhos
Areia escura, mar cor-de-petróleo e, ao mesmo tempo, cristalino e quente. Numa enseada rodeada de verde pontilhado de casinhas brancas. Dizem que as praias da costa norte da ilha são de ondas, com contrário das do sul, mais paradas, mas aqui dá vontade de nadar sempre em frente, até perder a terra de vista. E no final do dia nada cai melhor do que uma Especial ou uma Kima no bar da praia, de pés descalços na relva. Morada: Porto Formoso, Ribeira Grande
Gorreana
Na fábrica do chá Gorreana é só entrar e ver as máquinas, aquelas máquinas da Revolução Industrial, a funcionar. Depois de assistir a todo o processo da produção do chá, pode prová-lo e comprá-lo. Há também os gelados feitos com a fruta e o leite das vacas da quinta. E lá fora, uma vista deslumbrante sobre os 42 hectares da plantação. Horário Seg.-sex., 8h-17h30; Morada Gorreana, Maia; www.gorreana.org
in ionline.pt
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