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Canadá no Azores Fringe

Zara Diniz deixa assim a sua marca no roteiro de arte pública da Madalena, ilha do Pico, Açores

Canadá foi bem representado no festival de artes Azores Fringe

As ilhas dos Açores tem grandes conexões com o outro lado do Oceano Atlântico devido à emigração. Assim se diz que cada segunda casa no arquipélago açoriano, ou já teve, ou tem, família no Canadá ou nos Estados Unidos da América.

O Azores Fringe Festival apresentou trabalhos artísticos e artistas de 36 países e as Américas foram bem representadas. A escritora Deolinda Adão da Universidade da Califórnia em Berkeley veio apresentar o seu trabalho de pesquisa em livro e cineastas mandaram seus filmes. Artistas do Brasil participaram na exposição coletiva, na apresentação de filmes e o músico Julio Uça investiu uma semana na ilha montanha. Mas o Canadá foi um dos países mais bem representados, não só com trabalhos mas também presença.

Teresa Ascenção a construir um outro tipo de renda na calçada de rua

Teresa Ascenção nasceu no Brasil de pais açorianos mas vive na grande cidade de Toronto. O seu trabalho já foi exibido por todo o Canadá entre outros países. Universidade de OCAD (Ontário College of Art & Design) é onde passa muitas horas como professora de fotografia e multimédia. O seu trabalho tem muito a ver com feminismo e a comparação entre os trabalhos tradicionalmente de mulheres com o dos homens. O seu tempo nos Açores em pesquisa, experimentação e mostra entre as ilhas das Flores e do Pico incentivaram a artista a já fazer planos para voltar aos Açores. 
Na ilha do Pico, Teresa Ascenção apresentou a sua coleção "Maria" e um novo trabalho que incluiu criar tintas das flores e produtos dos Açores como a batata. Mas o trabalho mais efémero foi construir uma renda de farinha e água em plena calçada de rua ao meio do dia, como se fosse trabalho de construção elaborado pelos homens.

Por sua vez, Zara Diniz veio aos Açores pela primeira vez para pintar um mural. Descendente de madeirenses, Zara ficou perplexa pela natureza das ilhas e da majestosa montanha do Pico que decidiu mudar seu plano e elaborou mais de 50 metros de pintura de temática fantasia, intitulando "Ária de Fogo". Na entrada da doca do porto da Madalena encontra-se esta cornucópia de ideias e cor inspiradas pela primeira viagem aos Açores desta artista luso-canadiana. 
Desde os cinco anos de idade que o seu trabalho como pintora foi reconhecido. Seus estudos profissionais foram na famosa OCAD em Toronto tal como a Teresa Ascenção. 

O trabalho da cineasta Sheree Evelina também foi apresentado na edição do SHORTS@FRINGE


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