“Agora já temos chapéus do Nordeste feitos em folha de milho, por uma senhora de 83 anos. Vamos ter chapéus do Pico também. Claro que temos de ter chapéus. Aquilo era uma chapelaria. Faz todo o sentido”, afirmou à Lusa a empresária Catarina Ferreira, que reabriu a loja Louvre Michaelense após vários anos de inatividade.
Situada na baixa de Ponta Delgada, numa rua fechada ao trânsito, o Louvre Michaelense, inaugurado em 1904 por Duarte Cardoso, funcionou, originalmente, como loja de fazendas e chapéus importados diretamente de Paris, sendo mesmo um dos estabelecimentos comerciais mais “coquetes” da cidade.
“Chamei-lhe mercearia porque acho que é um nome mais lato para conseguir vender tudo o que eu gosto e que acho que faz sentido nessa ilha. Não vamos começar já com tudo, porque há produtos difíceis de tê-los a tempo”, disse Cataria Ferreira, acrescentando que a loja vai vender artesanato, chás, café, cereais a granel, loiça das Caldas da Rainha, peças alemãs e norueguesas, entre outras.
Mas foi a recuperação das letras com o nome da loja que mais preocupação gerou, uma vez que já não existe na ilha quem consiga recuperar tabique e gesso, tendo a empresária recorrido a um restaurador da ilha Terceira, que também está a recuperar a igreja de S. José em S. Miguel.
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