Na génese deste festival está o muralismo que, desde 2011, criou uma espécie de museu ao ar livre na ilha de São Miguel, nos Açores, que conta hoje com perto de 80 obras inéditas, entre murais e instalações artísticas.
Entre os nomes que este ano irão ao Walk&Talk, para "novas intervenções ao Circuito de Arte Pública de São Miguel", está de novo o português Alexandre Farto, conhecido como Vhils, mas também artistas nacionais e internacionais, como Brad Downey (EUA), Never 2015 e Filippo Minelli (Itália), Elian Chali e Pastel (Argentina), Sara e André, Miguel Januário, Rodrigo Oliveira ou o ilustrador André da Loba.
No entanto, e como já aconteceu nas últimas edições, o festival volta de novo a apostar na diversificação e contará este ano com oito residências artísticas dedicadas à dança contemporânea, ao artesanato, arquitetura e fotografia, entre outras áreas.
No âmbito do festival, haverá ainda projeção de filmes, 'workshops', exposições, 'perfomances', visitas guiadas às obras que formam o circuito do Walk&Talk e um serviço educativo que envolverá as escolas da ilha de São Miguel e alunos da Universidade dos Açores.
A programação do festival passará assim por espaços muito diversos, como o 9500 Cineclube de Ponta Delgada, galerias de arte, bares, o Arquipélago - Centro de Artes Contemporânea dos Açores ou o teatro Micaelense.
O festival é organizado pela associação cultural Anda e Fala, que hoje destacou o aumento dos patrocínios conseguidos este ano, como acontece com um apoio inédito da Fundação Gulbenkian.
O Walk&Talk vai ainda receber este ano o reconhecimento da associação europeia de festivais de arte (EFA) como projeto "de excelência", um selo que é atribuído ao "compromisso artístico" (neste caso, por ser uma iniciativa assente na criação de obras inéditas), à integração da comunidade no festival e à "dimensão europeia" que tem ou poderá ter, segundo explicou Jesse James, da organização do festival.
A quinta edição do Walk&Talk tem um orçamento de 137 mil euros, representando os apoios públicos (Governo Regional dos Açores e câmara de Ponta Delgada) cerca de 44%.
Jesse James destacou, no entanto, "o retorno" do festival para os Açores, dizendo que só em termos de comunicação (publicidade), a difusão que conseguiu no ano passado, dentro e fora do país, foi avaliada em um milhão de euros. A organização do festival destaca que há ainda turismo associado ao festival, que atrai visitantes à ilha de São Miguel.
O diretor do festival realçou que o Walk&Talk é hoje um "evento cartaz" dos Açores e um dos que maior projeção internacional tem atualmente.
in www.acorianooriental.pt
Site walktalkazores.org
Sem comentários
Enviar um comentário