“Atendendo à projeção que este evento pode ter e atendendo, também, ao possível interesse de privados, estamos em crer que o festival se vai realizar com muito sucesso”, afirmou aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, na apresentação do festival, que decorreu junto à Lagoa de S. Brás, na ilha de S. Miguel.
Alexandre Gaudêncio adiantou que a ideia deste festival nos Açores surgiu na sequência de um contato da Associação Learn to Appreciate, de Ponta Delgada, e depois da empresa PubliBalão, que organiza o até agora único festival de balões em Portugal, que decorre no Alentejo.
“Realmente, há aqui condições excecionais para que o nosso concelho possa, também, ter o segundo festival de balonismo em Portugal. Vamos apontar para que este festival se realize juntamente com as festas da cidade, ou seja, nos primeiros dias de julho”, disse o autarca, antes de subir para o cesto de vimes do balão para o seu batismo de voo.
Alexandre Gaudêncio considerou que iniciativas deste género contribuem para promover o concelho ao nível turístico e mostrar outra perspetiva das paisagens e belezas naturais que a Ribeira Grande possui.
Testadas todas as condições para a realização deste primeiro festival de balões de ar quente no concelho da Ribeira Grande, o evento será agora promovido em termos nacional e internacional, nomeadamente, na próxima edição da Bolsa de Turismo de Lisboa.
A organização, que gostaria de passar a ter balões a voar na ilha entre abril e agosto, estima que possam participar este ano na primeira edição do festival 15 a 20 balões, dado toda a logística que implica trazê-los aos Açores e pô-los a voar, sendo que estão previstos voos diurnos e noturnos.
Alexandre Gaudêncio afirmou que os preços para voar de balão e os custos do festival ainda não estão definidos, mas considerou que “quanto menos dinheiro público for investido, melhor”.
Com 30 anos de experiência como paraquedista, 25 com balões e enquanto empresário no ramo, Aníbal Soares confessa ter ficado deslumbrado com o que encontrou em S. Miguel ao nível das paisagens e condições naturais para realizar este tipo de festival, apesar dos receios iniciais.
“No início, quando fui contatado, fiquei um bocadinho apreensivo. Numa ilha, as condicionantes são bastante grandes. Mas depois de cá ter vindo fiquei e estou entusiasmado, especialmente depois de ter feito o primeiro voo”, afirmou à Lusa Aníbal Soares, revelando que S. Miguel é a segunda ilha onde voa de balão, depois de uma estreia em Palma de Maiorca (Espanha).
O empresário adiantou que para o festival terá a voar balões com capacidade para seis pessoas.
“Temos sempre de fazer o perfil do voo em função dos ventos, direção que nos leva e o terreno que temos de modo a que se possa sempre, mas sempre, aterrar em segurança”, afirmou Aníbal Soares, que além dos voos, tem no Alentejo uma escola de formação e faz reparações de balões de ar quente.
In: Açores 9
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