Os cinco finalistas vão ser anunciados no final de Fevereiro, e o premiado a 8 de Maio.
O Centro de Artes Contemporâneas de Ribeira Grande, nos Açores, projecto de co-autoria entre o atelier de Francisco Vieira de Campos e Cristina Guedes (Menos É Mais Arquitectos) e o atelier de João Mendes Ribeiro, e o Centro de Remo de Alta Competição em Vila Nova de Foz Côa, do arquitecto Álvaro Fernandes Andrade (SpacialAR-TE), são as duas obras portuguesas que se mantêm na corrida ao Prémio Mies van der Rohe 2015, anunciou esta terça-feira a Fundação com o nome do grande arquitecto alemão, com sede em Barcelona.
Os dois projectos portugueses integram a shortlist de 40, escolhidas pelo júri daquele que é considerado o mais importante prémio europeu para a Arquitectura, promovida por aquela fundação e pela Comissão Europeia. À frente do júri esteve o arquitecto italiano Cino Zucchi, acompanhado por Margarita Jover, fundadora de um atelier de arquitectura paisagística em Barcelona, Lene Tranberg, arquitecto dinamarquês, Peter L. Wilson, australiano, fundador do atelier Bolles+Wilson, Xiangning Li, arquitecto chinês, Tony Chapman, jornalista britânico, e Hansjörg Mölk, empresário austríaco.
Em Dezembro, a fundação tinha anunciado uma primeira lista com 420 nomeados – cujos projectos estão em exposição na Escola de Arquitectura de Barcelona, até 19 de Março –, que incluía 19 obras de arquitectos portugueses.
Os 40 projectos agora seleccionados vão ainda ser sujeitos a um novo crivo para a escolha de cinco finalistas, a anunciar no final do corrente mês de Fevereiro, em Londres, para o vencedor ser depois anunciado a 8 de Maio, em Barcelona.
Na lista agora divulgada, evidencia-se a arquitectura construída em Espanha e na Dinamarca, ambos com cinco projectos escolhidos, logo seguidos da Alemanha e da Holanda (com 4, cada). A Irlanda e a Itália têm o mesmo número de obras que tem Portugal. As cidades mais citadas são Copenhaga, Berlim e Roterdão. E entre os projectos e os arquitectos citados, há nomes de vulto, como Norman Foster, com o edifício de comércio no velho porto de Marselha, ou Rem Koolhaas, com o seu edifício de habitação e escritórios em Roterdão, ou o atelier espanhol Cruz y Ortiz, pela intervenção no histórico Rijksmuseum, em Amesterdão.
No conjunto dos projectos seleccionados, a maioria (16, equivalentes a 40%) tem função cultural e quatro são instituições ligadas à educação. Mas há também edifícios religiosos, hotéis, comércios, uma intervenção na paisagem e até uma funerária.
A edição deste ano terá, pela primeira vez, um prémio destinado a um Jovem Talento da Arquitectura. Este terá o valor de 20 mil euros, um terço da verba que será atribuída ao vencedor do prémio principal.
“A actual edição confirma a elevada qualidade da arquitectura europeia, o seu potencial criativo e inovador e a sua capacidade de adaptação às mudanças sociais, económicas e políticas”, disse Antoni Vives, presidente da Fundação Mies van der Rohe, citado no comunicado desta instituição que anuncia a presente shortlist.
Lançado em 1987, numa parceria da Fundação Mies van der Rohe com a Comissão Europeia, este prémio teve como primeiro vencedor, em 1988, Álvaro Siza, pelo edifício do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.
Sem comentários
Enviar um comentário